As bandas de pagode ultimamente tem procurado um novo rumo para evitarem o eterno desgaste das mesmas músicas durante todo o verão. Afinal, só em Salvador para ter tanto "ensaio" sem nenhuma apresentação oficial.
Agora, a nova moda é tocar um pagode acústico. Mas nada que remeta à versão carioca do ritmo. São as tradicionais músicas de barzinhos, cantadas pelos famosos pagodeiros.
No último final de semana, durante a festa "Burburinho do Peixe", em Praia do Forte, Márcio Victor tentou apresentar o projeto "Psirico Experimental", mas não agradou. O público (que aguardava o tradicional repertório do Psi) não se identificou com a versão de Tim Maia para "Gostava tanto de você", nem com as outras duas músicas tocadas. O cantor, então, resolveu mudar o repertório ainda no palco, pedindo desculpas ao público, que vibrou ao ouvir os primeiros acordes do tradicional "pagodão".
O Psirico, entretanto, não está sozinho nesse movimento. Léo Santana também arrisca algumas mudanças no estilo musical, através dos shows "Parango Vip", em que toca canções da MPB, do pop e do rock nacional. O preço dos ingressos, assim como o local, é muito diferente das festas de "camisa colorida". Uma noite com Léo Santana no Zen, por exemplo, custa R$40 para as mulheres e R$60 para os homens. Será que é esse o início da tão falada "mudança na música baiana"?
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